terça-feira, agosto 31

Vida

Todos dizem que sou incomum. Mas minha vida é estranha mesmo. Não vivo sem viajar. Amo parar em frente ao verde e me encantar com a enorme copa de árvore no meio. O cheiro de grama molhada me lembra a infância. Não descarto um hotdog cheinho de batata palha. Não vivo sem a minha irmã. E mesmo sem brigar com ela, gosto de brincar de brigar com ela. Amo o meu amor. Odeio ser posta a prova. Encurralada numa situação sem provas mas em que  sou inocente. Tive sim amores no passado, mas que já se passaram todos e já tiveram seus devidos fins. Por falta de irmãos, adoro andar entre meninos. Quebro paradigmas. Sinto falta de muitos amigos. Gostaria de vê-los na minha casa. Quero fazer um festão para reunir todos e fazê-los se conhecerem e se apaixonarem um por um. Tenho   pais que parecem meus irmãos, uma avó que é a minha mãe militar e minhas tias que amo tanto que acho que nem sabem disso. Primos e primas maravilhosos. Um cachorro que todos se apaixonam e querem roubá-lo. Loucuras, planos, desejos, vontades de realizar um bem maior. Vontade de ver todo mundo feliz e de encantar até quem me odeia. Sim, tenho alguns odiadores fidelizados.

Acho que isso é vida, bem vivida. Que faz pulsar assim tão ardentemente o desejo de viver tudo ao mesmo tempo e contaminar as pessoas com o meu estilo, estilo estranho e perturbadoramente ímpar.

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