quinta-feira, setembro 2

- Que cara é essa?
- Felicidade. Já ouviu falar?
- Huahuahua! E por quê?
- Por nada. É um tal alegria o que eu sinto. Não sei explicar.
- Nem um namoradinho, um livro novo, uma música? Nem um reencontro?
- Um livro novo, músicas que não saem do coração. E muitos, muitos reencontros.
- Olha aí. Já achamos os motivos.
- Não, não é isso. Não vem de fora. Vem de dentro.
- E as faltas desapareceram?
- Não. Ainda tenho buracos por dentro.
- E então...
- ... então que eu aprendi a conviver com o não-ter. Sem perder os sonhos. Sem perder a ânsia de viver, é claro. A aceitar o que eu tenho sem medo de não ter pra sempre. Os meus sonhos não sufocam mais. É uma tal tranqüilidade. Acho que o nome disso é paz de espírito. Quer dizer, não sei o que digo. É e pronto!
- Como?
- Ai, meu deus! Você pergunta demais. Ôôô! Parece comigo, dias atrás. Felicidade não se explica. Se vive e pronto!
- Isso foi muito clichê!
- E, mesmo assim, você ainda não aprendeu, né?!

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